sábado, 3 de julho de 2010

O dia M - parte II

Momento decisivo! Era hora de escolher um filhote, hora de escolher nosso companheiro. Mas... havia um porém: eram todas fêmeas, e Lilly não queria fêmeas, por toda a questão do cio. Poderíamos castrá-la, mas iria demandar muita dor de cabeça para e gasto de tempo. Contudo, ou adotaríamos uma femea ou teríamos de adiar nossa busca - opção impensável, tanto por nossa ansiedade, tanto pela minha resolução, naquele dia, de trazer um gato para casa.

Todavia, mesmo decidido a adotar uma daquelas fêmeas, outro problema surgiu. Nenhum filhote poderia ser liberado até que fossem vacinados e castrados, o que só ocorreria dentro de uma semana...

Não havia mais nada a ser feito lá, já me preparava para voltar ao trabalho enquanto esperava meu amigo terminar de olhar um album de fotos de animais tratados pelo NEAFA. Evidentemente, estava frustrado, além de triste por não ter conseguido o gato da Lilly.

Eis que, quando nada mais era esperado, surge uma mulher estranha e de voz irritante oferecendo uma solução...

CONTINUA...

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O dia M - parte I

As especificações que a Lilly tinha me passado eram claras: ela queria um filhote, macho e todo preto. Numa manhã preguiçosa, fugi do trabalho. Era o grande dia! Lá fomos nós, eu e meu colega de trabalho (ansioso por qualquer oportunidade de dar uma fugida do trampo) rumo ao NEAFA, o núcleo de voluntários do qual falei e cujo significado da sigla não me recordo de modo algum.

Chegando lá, perguntei sobre o procedimento de adoção. Era simples: eu faria um cadastro simples, apresentando algum documento identificador, e já poderia levar o animal de minha escolha para casa. Fui à sala onde ficavam os gatos, enquanto meu amigo levava cantadas da senhora responsável pelos cadastros. Era uma sala não muito grande, com gaiolas cobrindo as paredes esquerda e direita por completo. Estava acompanhado por uma das voluntárias de lá, que me contava os nomes e as histórias dos gatos em questão. Histórias de abandono, de maus-tratos. Dava vontade de tomar todos para criar...

Mas minha missão estava estabelecida, e tinha de haver um filhotinho preto por lá. Não havia. A maioria eram gatos adultos, ora abandonados, ora sobreviventes de alguma tragédia. Todos com a saúde devidamente tratada e dóceis, mas nenhum deles poderia ser a minha escolha. Então, surge um ds tratadores avisando sobre uma ninhada de filhotes que havia em uma outra sala. Era agora! Decidi que mesmo se não fosse preto, haveria de ser um desses. E lá estavam os 5 filhotes, muito novinhos ainda, de cores misturadas, típicas de vira-latas - exceto preto. Apesar disso, a perfeição se desenhava...

CONTINUA...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

"Lilly, vamos criar um gato!"




Parecia uma idéia genial.. e era! Mas Lilly não conhecia nada de gatos, nem tinha interesse aparente em assumir responsabilidades para com uma pequena criatura, e tinha receio para com a sujeira e a bagunça que um animal faria em seu apartamento. "Melhor não", respondia, e eu entristecia de não poder compartilhar com ela a excepcional experiência de conviver com um felino.

Mas não desisti! Emprestei um DVD sobre gatos, apresentei-lhe sites, contei-lhe curiosidades e histórias, mostrei os gatos de minha casa (uma espécie de test-drive de animais...)... E então num belo dia, escuto: "Pedro, eu quero criar um gato!"

Glória! Vitória! Consegui convencê-la!! Só faltava arrumar um bicho para ela, árdua missão para a qual fui designado. Parecia fácil: arrumar um gatinho, macho (não queríamos problemas com o cio das fêmeas), haviam milhares de gatos na cidade, não seria difícil encontrar filhotes e pessoas querendo doá-los. Parecia fácil. Pois é, não o foi!

Não encontrei ninguém com gatos para doar em semanas, e a opção de comprar um num pet shop estava totalmente fora de cogitação, parecia impessoal demais para mim. Então lembrei-me do local onde os gatos de minha casa foram levados para castração, um núcleo de voluntários que recolhia animais de rua, os tratava e os dispunha para adoção. Perfeito, iria para lá adotar um!

Expectativas a mil para nós, tudo estava certo! Logo que surgisse um tempo livre iria correndo para adotar o bicho! Nada poderia dar errado... e, bem, as coisas nunca costumam ser como esperamos, e nada costuma cumprir a promessa de perfeição...

CONTINUA...